segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Universitários Católicos


1)Como o senhor avalia a participação dos universitários católicos hoje no país?

Acho a participação dos universitários católicos do Brasil muito boa, imprescindível para a difusão do Evangelho na universidade, especialmente hoje quando um laicismo agressivo e anti-católico, ateu e marxista, invade nossas salas de aula. Eles estão dando vida nova à Igreja, especialmente às pastorais dos jovens. É um potencial enorme e maravilhoso que a Igreja precisa cultivar.

2)Quais as maiores dificuldades em escrever para o meio universitário?

Há várias dificuldades; a primeira talvez seja a divulgação e distribuição dos livros neste país imenso; a segunda, a dificuldade dos jovens de poderem adquirir os livros; e talvez a terceira, ainda o pouco hábito de leitura de muitos acadêmicos, que não adquiriram o costume de estudar outras matérias além daquelas do seu curso especifico. Muitos jovens ainda estão alienados em uma cultura materialista e hedonista onde se cultiva pouco a razão e a fé. Falta-lhes a catequese e a evangelização.

3)Como o senhor acha que devem reagir os acadêmicos, especialmente com relação às criticas à Igreja tão frequentes?

Os jovens universitários católicos devem reagir às criticas feitas à Igreja com sabedoria e conhecimento profundo da história da Igreja, pois nessa vemos muito mais luzes do que sombras. Precisarão estar preparados para mostrar ao mundo acadêmico a "razão da nossa fé" (1Pe 3, 15). Infelizmente há um ranço universitário anti-católico em muitas universidades e cursos, que discrimina a Igreja analisando os fatos negativos de sua história fora do seu contexto e muitas vezes exagerando-se os erros dos filhos da Igreja e ocultando tudo de bom e de belo que a Igreja fez para salvar e construir a Civilização Ocidental.

Os jovens universitários de hoje precisam estar preparados para o debate, com documentos sólidos nas mãos para comprovar o que foi dito acima.

4)Na produção dos livros, qual foi o maior desafio e a maior alegria?

O maior desafio é escrever um livro para um universo de jovens cristãos, infelizmente a minoria, sabendo que será difícil fazer o livro chegar a eles. A segunda dificuldade é compilar em poucas páginas - para que o livro não fique caro - o máximo de informações históricas e científicas verdadeiras, numa linguagem agradável e verdadeira. A grande alegria é saber que os jovens estão lendo o livro e se preparando para defender a fé católica e a Igreja com capacitação.

5)Que mensagem o senhor deixaria aos universitários?

Ouçam profundamente as palavras do Papa Bento XVI que é um homem da universidade e que tem argumentos profundos para enfrentar o que ele chama de "ditadura do relativismo" moral e religioso que invade o Ocidente, as universidades e a imprensa. Leiam os seus livros e discursos. Estudem o Catecismo da Igreja para dominarem a doutrina da fé, a "são doutrina" (1Tm 1, 10), a verdade que liberta e salva (cf. 1Tm 2, 4. 3, 15); estudem a história da Igreja em fontes seguras como o autor Daniel Rops, Estevão Bettencourt e outros.

6)Fale-nos um pouco sobre a produção dos livros "Ciência e fé em harmonia" e "uma história que não é contada”. Como surgiu a idéia de escrevê-los? Com que intenção? Havia uma proposta evangelizadora através dos livros?

O livro CIENCIA E FÉ EM HARMONIA, tem o objetivo de mostrar aos jovens que a fé e a ciência são ambas do mesmo Deus Criador, e que portanto não pode haver oposição entre elas, ao contrário, uma ajuda a outra; a fé impede o racionalismo científico e a ciência impede o fanatismo religioso. Mostramos que é a ciência hoje que mostra a evidência de Deus.

O livro UMA HISTÓRIA QUE NÃO É CONTADA, tem o objetivo de mostrar que a Igreja Católica foi a única Instituição que ficou de pé no Ocidente após a avalanche dos bárbaros sobre o Império Romano; e que a Igreja salvou e construiu a nossa Civilização Ocidental. A Igreja salvou e edificou a música, a literatura, as artes, a arquitetura, inaugurou as universidades, construiu milhares de belas Catedrais e renovou a caridade e a moral, trazendo dignidade para o homem e para a mulher.
Entrevista com o Porf. Felipe Aquino

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